
Interditada há mais de uma semana, por conta de um buraco em sua estrutura, a ponte que liga os povoados do Tendal a do Mojó e da Montanha Russa, vai ser refeita, segundo informou o secretário Municipal de Infraestrutura e Urbanismo, Walburg Ribeiro Gonçalves Neto. “Já conversei com a prefeita Paula e já estamos levantando o orçamento para fazer uma ponte nova, aquela já não tem mais condições de recuperação, além de ser uma ponte antiga, ela só atende a passagem de um veículo. Temos três meses para fazer outra e vamos fazer”, garantiu o secretário.
Enquanto isso, os ônibus coletivos que estavam circulando somente até a ponte, a partir de amanhã (24/012), voltam a circular até o povoado da Montanha Russa. “Solicitamos a empresa Aroeira e a MOB que atenda a população dos demais bairros, fazendo uma baldeação após a ponte. E a empresa vai prestar esse serviço a partir de amanhã”, informou o secretário de Transporte de paço do Lumiar, Pádua Nazareno.
Para o auxiliar de trafego da empresa Aroeira, Francisco G. Moreira de Sousa, a empresa vai atender à solicitação da Prefeitura por conta da população, por apenas três meses, tempo que a prefeitura terá para executar a obra. “Apesar do problema não ser nosso, vamos atender a população, que está sofrendo com a falta de ônibus até os povoados do Mojó e da Montanha Russa. Para isso, vamos colocar um ônibus depois da ponte, que vai circular das 5h da manhã até a 17h. Os demais, que vão estar indo somente até a ponte, vão continuar circulando no horário normal e com uma frota menor, com apenas dois ônibus circulando”, explicou Francisco.
Para amenizar a situação, ou mesmo tampar as vistas do problema, a Prefeitura de Paço de Lumiar colocou uma rampa de madeira na pista da ponte, tapando o buraco. Apesar de interditada, carros pequenos estão passando, com sérios riscos de danificar ainda mais a estrutura da ponte. Já foram realizados três reparos, mas nenhuma atendeu as exigências de qualidade em seu serviço de execução. Agora é aguardar a promessa dos gestores da Prefeitura de Paço do Lumiar.
Inauguração do Porto do Mojó
Previsto para ser inaugurada no dia 8 de dezembro, com anuncio na TV pelo Governo do Estado, a reforma do Porto de Mojó, em Paço do Lumiar, ainda não foi oficialmente entregue a população.
Além da insatisfação dos pescadores e ribeirinhos que utilizam o porto para as atividades pesqueiras, a ponte pode ter sido um dos entraves para que o governo do Estado adiasse a inauguração da reforma do Porto de Mojó. Sem ao menos explicar o projeto e nem procurar saber as necessidades dos que mais utilizam a estrutura, o Governo do Estado, por meio da Secretaria das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), vai ter dor de cabeça pela frente, pois os moradores exigem a correção da construção malfeita e sem utilidade para eles.
“Aquela obra do jeito que está, jamais atenderá as necessidades dos pescadores e a comunidade em geral. Tem um palco construído, exclusivo, para o bar instalado no local, que denominaram estaleiro, que vai servir só para colocar as mesas deste estabelecimento. Construíram algo chamado de rampa, que coloca as pessoas que vão para a maré, dentro do bar”, explica um morador, que vê a utilidade da construção para um bar instalado no local, o maior beneficiado da obra. A reforma, que estava prevista para ser realizada, foi adiada, pois uma pequena chuva, já apresentou problemas sérios em sua drenagem.
A intervenção da reforma nos terminais pesqueiros nas comunidades de Mojó, Mocajituba e Timbuba, era fortalecer o desenvolvimento econômico/social e potencial turístico, esse último, talvez tenha sido o mais valorizado, pois a obra do Porto de Mojó atende mais ao turismo do que o desenvolvimento econômico da região. “Esse Porto não serve para nós não, pois não facilita em nada nossa entrada no mar. Qual quer pessoa, leiga, percebe que dava para fazer a rampa pelo lado esquerdo da ciribeira (árvore nativa do manguezal) ”, explica seu Raimundo, pescador local.
Segundo o Governo, a reforma tinha como objetivo proporcionar estruturas adequadas para atracação de barcos, com carregamento e descarregamento de carga, e instalações para movimento de passageiros, mas, infelizmente, em nenhum momento apresentou ou pediu a opinião dos que mais utilizariam a estrutura. O único morador consultado, foi o dono do bar existente no local, que segundo informou, lhe foi apresentado o projeto do Porto de Mojó.